Todos adoravam o clima quente da cidade: o mar ficava mais lindo, a roupas mais leves e bonitas, os sorrisos mais brilhantes, o calor humano contagiava as relações.
Menos o Geraldo, que odiava o calor. Até o dia que encontrou uma lâmpada com um gênio e etc., e pediu que a cidade mudasse completamente o clima. E na manhã seguinte a neve cobria as ruas e o vento entrava frio pelas janelas.
Não demorou muito para a mudança de atitude: o turismo começou a explorar a beleza das paisagens embranquecidas, a moda dizia que roupas de inverno eram mais elegantes, o clima frio tornava as pessoas mais sóbrias e intelectualizadas, finalmente fazia sentido tomar um café expresso com seu cachecol enrolado no pescoço, até o mar ficara mais bonito, mais poético, mais velho mundo por assim dizer. E logo o clima quente foi repudiado e encarado como bárbaro, enquanto que todos os setores da sociedade continuavam felizes e orgulhosos.
Só os moradores de rua que não ficaram muito felizes com a mudança drástica na temperatura. Mas como eles rapidamente morreram de hipotermia, isso nem foi levado em consideração – melhor, a cidade ficara ainda mais bela sem eles, logo esquecidos, como o verão.
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